sábado, 11 de outubro de 2008

A Crise Econômica Atual

Ano passado, na minha aula de Economia Brasileira, meu professor perguntou à turma: Quem acredita que a crise dos mercados imobiliarios americanos vai atingir a economia real? Ña ocasião, esse economista que vos escreve foi o unico que levantou a mão... um ano depois, posso dizer que uma ponta de razão tinha nos meus pensamentos.




Para muitos, essa ja é a maior crise dos ultimos tempos desde 1929, e se cuidados devidos não forem tomados essa crise pode ainda ganhar dimensões maiores que aquela. Isto porque a dimensão dos agentes envolvidos é muito maior e os mesmos mecanismos que estão fazendo com que a crise ocorra de maneira mais gradual (em 29 e em outras crises ela ocorreu de maneira abrupta) também estão minando as possíveis soluções. A saber: tratam-se dos mecanismos de transação entre os agentes... que são muitos. A crise se estabelece em cada ponto de contato comercial, e ganha força a cada agente que não pode honrrar seus compromissos. Da mesma maneira, tentar solucionar a crise é fazer o caminho contrário tendo que resolver o problema de cada agente, ou ignorar a importância comercial de cada qual.



Dessa forma, o número de variáveis envolvidas é tal que torna quase impossivel uma reação imediata das autoridades econômicas em contra-tempo ao alastrar da crise. Dados preliminares mais pessimistas apontam um crescimento pela metade da China para o próximo ano e uma desaceleração de 40% da economai americana. Se isto se confirmar a balança comercial brasileria será seriamente afetada, e será questão de tempo para que o emprego e a renda dos brasileiros sejam afetados. Mas sabemos que em economia nunca subimos ne descemos para sempre... mas também devemos saber reconhecer tais momentos...

terça-feira, 6 de maio de 2008

O Petróleo





Costumo dizer que em economia devemos enteder as entrelinhas de cada notícia. Em muitos casos podemos até seguir a regra da reação de mercado, afinal cada notícia de importante fonte é pensada, antes de ser dada, em como ela impactará sobre os agentes economicos em geral. É nesse momento, o da construção da notícia, que devemos remeter nossas mentes quando analisamos alguma veiculação econômica.


Podemos tomar o caso do petróleo como parâmetro de análise. O quão real é a sua escassez que alguns alarmam? O que as novas descobertas recentes no Brasil teriam a expressar?
Basicamente devemos conectar as duas noticias comuns dos jornais atuais e observar qua escassez do petróleo não é exatamente de ordem física, ou seja, não é exatamente da falta do líquido negro em si, mas do desequilíbrio entre oferta e demanda do bem a ser ajustado pelo preço. O preço que em si carrega a qualificação ou não das novas jazidas descobertas no Brasil, que apenas são viáveis com um patamar de custos pagos elevados.
O petróleo pode ser observado como os demais bens no sentido de que possui os mesmos fundamentos econômicos que estimulam sua produção ou não. Existe muita mitologia a respeito da política ao redor do petróleo e da sua distribuição, no entanto, a alta dos preços atuais do ativo são o indício de duas possíveis coisas: o petróleo esta sendo ajustado à demanda crescente dos países emergentes através do seu preço, ou a sua oferta está chegando em patamares de déficit acentuado.
Não se tem como obter a resposta certa no momento porque o setor é uma caixa preta na qual nem os maiores produtores sabem da produção de seus vizinhos. Como interpretar as recentes notícias então? Com a cautela de quem navega em águas desconhecidas, porque podemos estar entrado numa era ecônomica diferente de todas as outras.