terça-feira, 6 de maio de 2008

O Petróleo





Costumo dizer que em economia devemos enteder as entrelinhas de cada notícia. Em muitos casos podemos até seguir a regra da reação de mercado, afinal cada notícia de importante fonte é pensada, antes de ser dada, em como ela impactará sobre os agentes economicos em geral. É nesse momento, o da construção da notícia, que devemos remeter nossas mentes quando analisamos alguma veiculação econômica.


Podemos tomar o caso do petróleo como parâmetro de análise. O quão real é a sua escassez que alguns alarmam? O que as novas descobertas recentes no Brasil teriam a expressar?
Basicamente devemos conectar as duas noticias comuns dos jornais atuais e observar qua escassez do petróleo não é exatamente de ordem física, ou seja, não é exatamente da falta do líquido negro em si, mas do desequilíbrio entre oferta e demanda do bem a ser ajustado pelo preço. O preço que em si carrega a qualificação ou não das novas jazidas descobertas no Brasil, que apenas são viáveis com um patamar de custos pagos elevados.
O petróleo pode ser observado como os demais bens no sentido de que possui os mesmos fundamentos econômicos que estimulam sua produção ou não. Existe muita mitologia a respeito da política ao redor do petróleo e da sua distribuição, no entanto, a alta dos preços atuais do ativo são o indício de duas possíveis coisas: o petróleo esta sendo ajustado à demanda crescente dos países emergentes através do seu preço, ou a sua oferta está chegando em patamares de déficit acentuado.
Não se tem como obter a resposta certa no momento porque o setor é uma caixa preta na qual nem os maiores produtores sabem da produção de seus vizinhos. Como interpretar as recentes notícias então? Com a cautela de quem navega em águas desconhecidas, porque podemos estar entrado numa era ecônomica diferente de todas as outras.





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